A transparência pode ser a maior aliada da Anatel na fiscalização da qualidade das operadoras de telefonia celular.
Infraestrutura de telecomunicações é o nome dado ao conjunto de equipamentos, composto por torres de transmissão, cabeamento de fibra ótica, entre outros, que o usuário de telefonia móvel não vê.
Nesse contexto, a qualidade do serviço de uma operadora de telefonia móvel depende diretamente do correto dimensionamento, planejamento e manutenção dessa infra estrutura.
O natural desconhecimento do consumidor final de produtos e serviços de telecomunicações, bombardeado pela indústria de aparelhos celulares, o leva a pensar que adquirindo o dispositivo com mais recursos terá o acesso garantido a uma gama de serviços diferenciados.
Ledo engano. O que efetivamente garante acesso aos aplicativos instalados em um smartphone ou tablet é a rede da operadora.
A Anatel, agência reguladora da matéria em território nacional, é a gestora dos contratos de concessões com as operadoras, que estão sendo obrigadas a compartilhar pelo menos 50% das torres entre si.
Tal compartilhamento irá gerar economia substancial para as operadoras, haja vista o alto custo de implantação dessas estruturas.
Como consumidores esperamos que essa economia, reverta em tarifas mais módicas e melhor qualidade do serviço. Em tempos de ficha limpa, cadastro positivo, que tal a Anatel publicar regularmente o ranking de quais as operadoras têm melhor atendido seu cliente?
Ou ainda, que tal a Anatel divulgar qual delas investiu mais em infraestrutura, para que o consumidor tenha indicadores seguros para decidir qual operadora contratar?!?
Certamente, a transparência dessas informações criaria um ambiente de maior competição, pois teriam que lidar com consumidores bem informados.